Segundo a Sociedade Paranaense de Cardiologia, a hipertensão arterial atinge 40% da população brasileira, mas apenas 23% dos hipertensos fazem o tratamento correto da doença, que não tem cura. “A conscientização do tratamento e controle são fundamentais para a redução dos riscos da hipertensão arterial. Segundo nossas estatísticas, 40% dos hipertensos nem sabem que têm a doença”, ressalta o cardiologista Alexandre Alessi, coordenador da Cardiologia Clínica do Hospital Nossa Senhora das Graças e diretor científico do XII Congresso Sul Brasileiro de Cardiologia, que ocorre de 27 a 30 de maio em Curitiba.
Quando a hipertensão arterial não é tratada corretamente pode provocar desde uma dor no peito até um infarto do miocárdio. “Os principais riscos são acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, aneurisma vascular e infarto do miocárdio”, relata Dr. Alexandre Alessi. A doença também pode causar insuficiência renal ou paralisação dos rins, além de alterações que podem ocasionar a perda total da visão. “Quem já possui a doença, deve fazer o uso correto da medicação e não abandonar o tratamento”, salienta. A maioria dos hipertensos não apresenta sintomas significativos, que pode ser dor de cabeça, cansaço, tonturas e sangramento pelo nariz. “A pessoa não percebe o problema até o momento que sofrer um acidente vascular cerebral ou um infarto”, alerta o cardiologista.
A hipertensão arterial é diagnosticada quando a pessoa possui a pressão igual ou superior a 140/90 mmHg (ou 14 por 9), por isso, é importante medir a pressão arterial periodicamente, o que pode ser feito em hospitais e em postos de saúde. “O ideal é medir a pressão arterial uma vez ao ano, e para quem é hipertenso, a cada seis meses”, esclarece. Em casos mais extremos, a mediação deve ser mais frequente. No próximo domingo, 26, Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial.
Para prevenir e tratar a hipertensão arterial é fundamental adotar hábitos saudáveis como: alimentação adequada (cuidados com o excesso de sal e bebidas alcoólicas) e exercícios físicos regulares. Pessoas com diabetes ou com histórico da doença na família possuem mais chances de desenvolver a hipertensão. O excesso de peso também é outro fator de risco, e uma maneira de avaliar é medir a circunferência abdominal, que não deve ultrapassar 94 cm no homem, e 80 cm na mulher. “O controle do estresse e o abandono do tabagismo também são essenciais para o combate à doença”, lembra Dr. Alexandre Alessi.
Fonte: expressa@expressacom.com.br
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