quarta-feira, julho 22, 2009

MSN nas redações: facilidade ou problema?




O MSN é utilizado por 74% dos internautas residenciais ativos no Brasil, segundo dados do Ibope/NetRatings de 2008, somando cerca de 17,1 milhões de pessoas por mês. Embora tenha se popularizado como lazer, a ferramenta também já serve ao trabalho. No meio jornalístico, virou um canal para buscar informações, localizar cases e facilitar a comunicação entre equipes.
Para quem trabalha com notícia e depende da rapidez, estar conectado chega a ser um imperativo. “Não há como se trabalhar desconectado, seja do messenger, do e-mail corporativo, do comunicador interno. Não é possível estar fora desse ambiente de contato”, afirma André Fagundes Pase, professor do curso de jornalismo da PUCRS. O importante é saber dosar essa ferramenta e aproveitar os benefícios que ela pode trazer para o trabalho jornalístico.
Na BandNews RS, o mecanismo é utilizado principalmente na busca de fontes para as reportagens, para a interação com o ouvinte e na comunicação interna. “Nós usamos para nos comunicar entre colegas, muito no caso do produtor dos programas com os apresentadores, ainda mais quando os programas são de fora do estúdio”, conta Natália Pianegonda, repórter da emissora. Já no Correio do Povo, apesar de não ser feito uso cotidiano, de acordo com Telmo Flor, diretor de redação do jornal, a ferramenta é principalmente utilizada pela editoria de variedades e no contato com os correspondentes do interior do Rio Grande do Sul.
Renata Giacobone, sócia da Própria Comunicação, diz que o principal uso do MSN na empresa de jornalismo empresarial é para o contato entre a equipe. O instrumento também ajuda, em alguns casos, quando a agenda das fontes está cheia: “É uma ferramenta que auxilia quando os entrevistados não têm tempo – e quando é conhecida para eles”. A rapidez do contato serve ainda para a procura de cases entre colegas, amigos e conhecidos.


Quando vira dor de cabeça


Apesar dos benefícios que o uso do MSN pode trazer (como maior agilidade nas entrevistas, no contato interno e até mesmo para encontrar cases) sua utilização ainda é bastante controversa – já que muitas pessoas fazem uso pessoal do mecanismo dentro do ambiente de trabalho, em qualquer tipo de empresa. André Pase, da PUCRS, acredita que é preciso aprender a trabalhar com o programa ligado. “O uso indevido é feito por aquelas pessoas que não estão acostumadas a trabalhar todo o tempo online. Com a prática do trabalho conectado, o MSN pode até estar aberto, mas o profissional sabe que está ocupado. Essa educação às vezes não é algo muito natural, infelizmente, mas é um hábito que está sendo adquirido”. Renata Giacobone acredita que uma solução para evitar esses deslizes é a criação de uma identidade corporativa, na qual apenas estão adicionados contatos profissionais. Assim, não existe a tentação de puxar conversa com o namorado ou o amigo.


Fonte: www.comunique-se.com.br

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