sexta-feira, setembro 26, 2008

28 de setembro - Dia do Coração


Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que as doenças do coração matam 17,5 milhões de pessoas todo ano no mundo – um terço dos óbitos mundiais. Para reduzir esses números, em ocasião ao Dia Mundial do Coração, comemorado no próximo domingo, dia 28, sociedades médicas internacionais divulgam as cinco principais medidas preventivas para a redução dos problemas cardiovasculares em pacientes de risco.
Em um novo relatório sobre o tratamento de pacientes com risco cardiovascular, elaborado por três das principais organizações médicas norte-americanas de saúde, os especialistas recomendam parar de fumar, reduzir o peso, baixar os níveis de colesterol, controlar o diabetes, além do uso contínuo da aspirina. Segundo eles, essas medidas preventivas poderiam reduzir em até 63% a ocorrência de infartos e em 31% de derrame nas próximas três décadas.
O relatório foi emitido pela American Câncer Society, American Diabetes Association e a American Heart Association, e publicado nas revistas cientificas Circulation e Diabetes Care. Ele indica que mais de 78% dos adultos norte-americanos devem seguir pelo menos uma dessas medidas preventivas.
“A doença aterosclerótica é multifatorial e, para uma prevenção eficaz, devemos conhecer os fatores de risco e atuar sobre eles.” explica Andréia Assis Loures Vale, presidente da Sociedade Mineira de Cardiologia. O estilo de vida inadequado – sedentarismo, tabagismo, obesidade – e problemas como diabetes, hipertensão arterial e histórico familiar, aumentam os riscos, mas também podem ser controlados com mudanças de hábitos e medicamentos.


quarta-feira, setembro 24, 2008

Ricos ganham em média 42 vezes mais que pobres no Brasil


O rendimento médio mensal per capita das famílias 10% mais ricas do País em 2007 era 42,55 vezes maior que o rendimento médio das 10% mais pobres, apontou análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira. Em média, a fatia mais rica recebeu cerca de R$ 2.830 por pessoa, enquanto as mais pobres ganharam R$ 66.
No último ano, o rendimento médio familiar per capita da população brasileira ficou em torno de R$ 624, mas o estudo apontou grandes diferenças entre as regiões. Por exemplo, no Nordeste os 10% mais pobres viviam em média com R$ 36,47 por mês, enquanto no Sul a mesma faixa conseguia R$ 107,16.



Frente a isso, perguntamos: Não estaria aí as causas da violência?

segunda-feira, setembro 22, 2008

Primavera Brasileira


Primavera é a estação do ano que sucede o inverno e antecede o verão. No hemisfério norte, a estação é denominada “Primavera Boreal”, que se inicia em 20 de Março e termina em 21 de Junho. No hemisfério sul, a mesma é chamada de “Primavera Austral”, iniciando em 23 de Setembro e terminando em 21 de Dezembro. Se olharmos sob o ponto de vista astronômico, a primavera se inicia nos equinócios de Setembro (Sul) e Março (Norte) e termina nos solstícios de Dezembro (Sul) e Junho (Norte). A característica mais marcante da estação é o reflorescimento da flora e da fauna. Muitos animais aproveitam a temperatura ideal da estação para se reproduzir. No Brasil, a chegada da primavera ocasiona uma mudança no regime de chuvas e temperaturas. Na maioria das regiões começam a aparecer as primeiras pancadas de chuva pelo final da tarde, resultado do aumento de calor e umidade característico da primavera. No entanto, na região Sul ocorrem poucas alterações em relação à quantidade de chuvas; no Nordeste permanece a seca. Em virtude da forte radiação solar, as temperaturas aumentam consideravelmente na região Centro-Sul, entretanto, incursões de massas de ar frio também podem ocorrer.
Por Tiago DantasEquipe Brasil Escola


A primavera este ano no Brasil começa às 12:46 de hoje.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Dia do Rádio - Dia do Radialista


A primeira emissora de rádio no Brasil foi fundada em 20 de abril de 1923, tendo como fundador Edgar Roquete Pinto, na Academia Brasileira de Ciências, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, com o prefixo PRA-A. Logo depois veio a Rádio Clube do Brasil PRA-B, fundada por Elba Dias.
O discurso do então Presidente da República, Epitácio Pessoa, além de ser ouvido no recinto da exposição, chegou também em Niterói, Petrópolis e São Paulo, graças à instalação de uma retransmissora no Corcovado e de aparelhos de recepção nesses locais. Hoje são milhares de rádios espalhadas pelo país, levando alegria , entretenimento e informação para um Brasil de audiência, e principalmente ao ouvinte que sempre fez do Rádio, seu grande companheiro.
Sobre o Radialista Na época, quando fundou a primeira emissora de Rádio do Brasil, não existiam escolas para formação de Radialistas. Foram os Radiamadores os primeiros locutores, por já possuírem experiência com microfones. Uma característica era fazer uma programação cultural, que consistia em música Erudita, conferência e palestras que não interessavam ao ouvinte.
Na Era do Rádio, o grande astro era "Vital Fernandes da Silva", o "Nhõ Totico", que permaneceu no ar por 30 anos. O mais incrível é que nessa época ele apresentava dois programas ao vivo e totalmente improvisados. Nos dias de hoje, com um ouvinte mais exigente, o radialista precisa de muita técnica e ter um padrão que se identifique com cada emissora.
Mas o ponto em comum entre eles tem que ser o carisma. Dentro de cada Radialista existe um inexplicável sentimento de dedicação e o interesse pelo que faz. Só o idealismo não é o suficiente, existe a necessidade do talento. Com milhares de bons Radialistas espalhados pelo Brasil, o Rádio é hoje rico, oferecendo boas opções para aquele que merece todo o nosso respeito: o ouvinte. O Radialista é um sonhador, um apaixonado que faz parte do cotidiano das pessoas.


Fonte: www.toninholima.com.br

quarta-feira, setembro 17, 2008

925 milhões de pessoas sofrem fome no mundo


"O número de pessoas com fome no mundo passou de 850 para 925 milhões em 2007, devido à disparada dos preços dos alimentos, anunciou nesta quarta-feira em Roma o diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Jacques Diuf."


Agora leia isso:


LHC quer recriar o big bem:

O LHC (Large Hadron Colider) é um aparelho criado por vários físicos e estudantes de todo o mundo. Situa-se na França e na Suíça e é constituido por por um tunel circular de 27 KM. Custou 4 milhões de euros......


Agora a grande e intrigante pergunta:


Por que não usar esse dinheiro todo para amenizar a fome dessa gente?

segunda-feira, setembro 15, 2008

Semana Farroupilha



Setembro Este mês tem uma grande importância para o Rio Grande do Sul: 20 de setembro é a data máxima do nosso povo, quando é reverenciada a Revolução Farroupilha. É o marco da história e da formação política da sociedade rio-grandense e foi transformada em feriado, por decisão da Assembléia Legislativa, a partir de Lei aprovada no Congresso Nacional, em 1996. Esta semana a Chama Crioula foi acesa em vários pontos do Estado, dando continuidade às comemorações da Semana Farroupilha que iniciaram na quinta-feira, dia 13, e se estenderão até o dia 20.
História
O Movimento Tradicionalista do Rio Grande do Sul surgiu no ano de 1947, a partir da criação do Departamento Tradicionalista, organizado por estudantes da famosa Escola Pública Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, liderado por João Carlos Paixão Cortes. Na capital gaúcha, neste período, se ergue, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, entre prédios residenciais e públicos, uma espécie de vila, com cerca de 400 barracas e galpões de madeira, denominada "Ronda Crioula".
O nome Ronda Crioula foi buscado na campanha, onde, quando se cuida do gado nas tropeadas, os gaúchos ficam sempre em redor deles, cantarolando, assobiando, tocando violão, que assim faziam para acalmar os bois. Um fogo, aceso a certa distância do gado, fica, igualmente rodeados de gaúchos que esperam para fazer a sua ronda, ou seja, vão substituir os companheiros que estão observando o gado.
Completando 54 anos, desde 1947 a Ronda Crioula reúne integrantes de CTGs - Centros de Tradições Gaúchas, piquetes e milhares de pessoas, que visitam o local, e celebram a data, ao redor do fogo de chão, com churrasco e chimarrão, poesia, música e dança, relembrando a história e contando causos.
Como ponto máximo, encerrando as comemorações, os desfiles a cavalo ou em charretes reúnem, em todo o Estado, milhares de gaúchos, trajando as vestimentas típicas - os homens: bombachas, botas, lenços e chapéus de aba larga; as mulheres: vestidos de prenda, rodados e coloridos, e com belas flores nos cabelos.
Em clima de união, de clamor cívico e consciência viva, os gaúchos dão uma profunda demonstração de igualdade, integração do campo e da cidade e de respeito a sua história, reverenciando seus antecedentes, unindo gerações e etnias.
Revolução Farroupilha
A Revolução Farroupilha, iniciada em 20 de setembro de 1835, e que durou cerca de 10 anos, envolveu sucessivos combates. Segundo os historiadores, cerca de 20 mil homens e mulheres em luta, resultando na morte heróica de aproximadamente 3.500 pessoas, em sua maioria revolucionários.
Unindo e mobilizando os farrapos, sob a liderança de homens e mulheres do porte de Bento Goançalves, Giuseppe Garibaldi, David Canabarro, Antônio da Silva Neto, Domingos Crescêncio e Anita Garibaldi, estava o sentimento de rebeldia contra a centralização do Poder Federal, que se manifestava, de forma especial, na espoliação econômica da região. Entre as principais causas do levante, estavam a penalização dos produtos agropecuários, especialmente o charque, com altos impostos e, também, a expropriação e desvio dos recursos acumulados no Estado, até mesmo para pagar dívidas federais junto à Inglaterra.
Mas, além disso, a Revolução Farroupilha transformou-se em um momento de construção e afirmação dos princípios sociais, políticos, econômicos, culturais, e, talvez, principalmente ideológicos, que orientam a sociedade gaúcha até hoje. Apesar da guerra, do ataque constante do poder imperial, os rebeldes farrapos mantiveram a atividade econômica, desenvolveram as estruturas de poder, tanto civil quanto militar, e introduziram revolucionárias práticas democráticas.
Em 1837 e 1838, libertaram os escravos, que haviam participado da revolução; reduziram os impostos sobre exportação e restabeleceram o imposto sobre importação de gado; criaram uma fábrica de arreios e outra de curtir couros e promoveram o recenseamento da população. Ainda, dentre as medidas mais importantes, institui-se a Assembléia Constituinte e o sistema eleitoral baseado no sufrágio universal, com voto obrigatório e apuração perante o povo reunido.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Dia Nacional da Imprensa


O Dia Nacional da Imprensa no Brasil ainda confunde a cabeça de muita gente. Até 1999, essa data era comemorada no dia 10 de setembro, quando começou a circular no país o jornal A Gazeta do Rio de Janeiro em 1808, sob a proteção do governo de D. João VI, publicação com um forte viés oficial.
Tal celebração foi alterada com a lei 9831/99, que definiu a data oficial da Imprensa Brasileira no dia 1º de junho, data do primeiro número do Correio Braziliense, jornal editado pelo brasileiro Hipólito José da Costa em Londres também em 1808. Esse periódico foi lançado três meses antes d’A Gazeta com o intuito de informar a população brasileira sobre os eventos da Europa, sem a censura da Coroa Portuguesa.
A mudança no calendário oficial de duas datas, em função de duas publicações lançadas no mesmo ano mas com linhas editoriais totalmente diferenciadas, mostra a síntese da Imprensa Brasileira: ora defensora dos interesses da população e das liberdades políticas e individuais, ora porta-voz do poder sem relação com esta mesma população.


terça-feira, setembro 09, 2008

Dia do Administrador de Empresas


O administrador é o profissional responsável por administrar os recursos financeiros, físicos, tecnológicos e humanos de uma empresa. Sua função é buscar métodos e atividades para o bom funcionamento da organização, além de executar seu planejamento de modo a alcançar índices de produtividade desejáveis.
O profissional pode atuar em empresas públicas ou privadas, nas mais diversas áreas. Empresas pequenas, médias ou de grande porte, nacionais ou multinacionais, constituem um mercado em potencial.
Na parte de auditoria, o administrador tem como função acompanhar exames periciais de toda a parte contábil da empresa, incluindo balanços, estoques e caixa. Na área de controladoria, gerencia a aplicação de orçamentos e analisa de perto o controle de custos. Já no setor de recursos humanos, pode atuar na seleção, contratação, capacitação e treinamento de pessoal, bem como na coordenação de planos de cargos e salários e na implantação de programas de benefícios e serviços concedidos pela empresa.
Na área de comércio exterior, o administrador cuida da parte de exportação e importação da empresa, além de suas relações com organizações internacionais. O profissional pode atuar ainda na área de administração hospitalar, gerenciando empresas de convênio de saúde, clínicas, prontos-socorros e hospitais.


Fonte: UFGNet

segunda-feira, setembro 08, 2008

14 milhões de brasileiros não sabem ler nem escrever


Hoje é o dia Internacional de combate ao Analfabetismo.....Veja que triste realidade está ainda nosso País:


"O analfabeto brasileiro continua sendo em sua maioria nordestino, negro, de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos. A análise é do especialista em educação de jovens e adultos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) no Brasil, Timothy Ireland. Na data de hoje, 8 de setembro, a organização comemora o Dia Internacional da Alfabetização. Dados de 2006 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 10,38% da população se declara analfabeta absoluta, ou seja, não sabe ler ou escrever um bilhete simples. O percentual representa 14,3 milhões de brasileiros. O relatório de monitoramento do programa Educação Para Todos, da Unesco, mostra ainda que o índice mais do que dobra na área rural (25%). Entre os negros e pardos, o analfabetismo é duas vezes maior do que entre os brancos."


quarta-feira, setembro 03, 2008

Felicidade do brasileiro é maior do que a renda per capita

Para os brasileiros o dinheiro não traz felicidade. Segundo a pesquisa Jovens, Educação, Trabalho e o Índice da Felicidade Futura, feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e divulgada nesta terça-feira (02), os brasileiros possuem uma avaliação de felicidade acima da norma internacional dado ao PIB per capita do País.
No ranking da felicidade presente, os brasileiros ficaram em 22º, com 6,64 em uma escala de 0 a 10. O Brasil está em uma posição mais semelhante a de uma nação européia do que a de uma africana.
A maior nota para a felicidade presente é da Dinamarca, de 8,02, sendo que a menor é do país africano Togo, de 3,2.
Felicidade e dinheiro
Apesar da constatação de que o Brasil se situa acima da norma internacional de felicidade, devido ao PIB per capita, o estudo indica que há uma relação entre dinheiro e felicidade, sendo que, a cada aumento de 10% na renda, a felicidade aumenta 1,5%.
Porém, quanto mais aumenta a renda de uma pessoa, mais exigente ela se torna. Considerando o futuro, as pessoas com renda atual mais alta apresentam ganhos mais modestos em relação à satisfação que terá no futuro, do que as pessoas com rendimentos menores.

Fonte: http://dinheiro.br.msn.com/financaspessoais/noticia.aspx?cp-documentid=9981322

segunda-feira, setembro 01, 2008

Semana da Pátria


Estamos em plena Semana da Pátria. Mas, o que é mesmo pátria? De acordo com a sua raiz etimológica, pátria é a terra de nossos pais. Quando falamos em nossa terra, ou na terra dos pais, não pensamos apenas nos acidentes geográficos que desenham a paisagem nos olhos. Pensamos em muitas outras coisas. Pensamos nas pessoas, e nos outros seres vivos próximos de nossa memória. Quem não se recorda de um arbusto florido, de um cachorro amigo, de um pássaro de galho preferido para o canto do meio-dia? Isso, no entanto, seria reduzir a pátria à intimidade de alguns quilômetros quadrados. Minha pátria é a minha língua - disse o grande poeta português. Mas há pátrias distintas com a mesma língua, como é o nosso próprio caso, com relação a Portugal. E, além de tudo, a nossa língua está conspurcada por neologismos e infectada com expressões estrangeiras. Podemos respeitar a chamada mãe pátria, mas os nossos interesses no mundo não são os mesmos dos portugueses. E nos custou bastante a cisão necessária, em lutas sangrentas, no confronto com a repressão, no martírio dos heróis. Separamo-nos, formalmente, há 183 anos, e nossa emancipação de Portugal não está completa: seus capitais estão aqui, aplicados nas antigas empresas estatais que não deveriam ter sido alienadas. O que é mesmo a pátria? Ernest Renan, conhecido por ter buscado nos documentos históricos a origem do cristianismo como a religião revolucionária dos pobres, procurou dar resposta à pergunta em conferência na Sorbonne, poucos anos antes de morrer. Renan resume seu excurso filosófico, ao afirmar que ''a pátria é a solidariedade''. Trata-se do vínculo profundo entre os seres humanos que vivem em espaço territorial determinado, falam a mesma língua, têm as mesmas crenças - e estão dispostas a morrer na defesa desse patrimônio, constituído de bens tangíveis e intangíveis. A pátria brasileira, nessa definição do autor de Vie de Jesus'', antecede a independência. Ela começa a existir com os degredados que foram deixados primeiro em Porto Seguro e, mais tarde, em outras partes do litoral. Sós, naqueles ermos, aqueles homens já devem ter sentido a pátria. Pelo menos a sentiram Diogo Álvares, o Caramuru, e João Ramalho, ao se unirem, na carne, às nativas, para formar as primeiras famílias brasileiras. A pátria - e essa é outra idéia de Renan - é, ao mesmo tempo, o passado, o presente e o futuro. Ela se expressa, sobretudo, na solidariedade de todos os dias, e, em todos os dias, é construída. Como todas as coisas da vida, e a própria vida, a pátria é um processo. Há momentos em que ela se refugia no seio da família, e seus símbolos se escondem, como se escondem os ícones religiosos em época de perseguição. São os momentos terríveis da ocupação estrangeira, quando não há liberdade nacional. Mas a pátria também se refugia nos lares e na ação clandestina da resistência, quando sobre o território caem as pragas da tirania. Sem liberdade política, não há pátria soberana. Pátria é, assim, também sinônimo de liberdade. Todas as vezes em que os brasileiros, nativos, ou não, lutaram pela liberdade, houve aqui pátria. Foi pelo Brasil - e não pela metrópole, que nos deixara à própria sorte - que os holandeses foram expulsos do Nordeste. Foi pelo Brasil que os cariocas enfrentaram os franceses e os expulsaram de sua cidade. E foi a pátria brasileira que moveu os inconfidentes mineiros. Muitas vezes, os conterrâneos se confrontam, em nome da mesma pátria, como ocorreu nos movimentos rebeldes das primeiras décadas que se seguiram à independência. Em nome da pátria se alçaram gaúchos, mineiros, paulistas e pernambucanos, ao reivindicar a descentralização do poder imperial. Em nome da integridade da pátria, combateu-os Caxias. Os revolucionários reivindicavam a liberdade dos cidadãos em suas províncias; Caxias defendia a liberdade nacional, como um todo, que a hipotética fragmentação do território ameaçava. O principal dever do Estado - e, portanto, da política - é o de manter a soberania da comunidade nacional. Trata-se de luta permanente, constante, e com pesados sacrifícios. Como diziam os primeiros revolucionários da América Espanhola, ''hay que hacer patria''. Se fazer pátria é agir assim, destruir a pátria é fazer o contrário. Quando os governos enfraquecem a comunidade nacional, passando ao controle estrangeiro setores estratégicos da economia, quando aceitam imposições dos mais fortes, e quando fecham o acesso de brasileiros a áreas do território nacional, como está ocorrendo em algumas regiões indígenas, ao mesmo tempo em que o permitem a pesquisadores estrangeiros, estão, naturalmente, desfazendo a pátria. São essas as reflexões imperativas sobre o Brasil destes últimos e tristes dez anos, nesta semana em que lembramos todos os que, antes de nós, com sua vida e seus sentimentos, fizeram pátria em nossa terra.