O filme “Os gritos do silêncio” relata a vida de um grupo de jornalistas que faz a cobertura da guerra no Camboja. Um desses jornalistas é do Camboja.
Uma trama cheia de sentimentos de ódio, indignação entre outros. Vamos comentar sobre dois aspectos importantes que o filme retrata: o relacionamento entre os jornalistas e a busca da verdade na informação.
A realidade dos jornalistas que cobrem fatos e acontecimentos violentos, como no caso de uma guerra, é complicada e até difícil de se transcrever porque ele está envolto em questões polêmicas como, por exemplo, o que é o certo e o errado. O problema ético é encarado de frente. Apesar de que, em estado de guerra, fica difícil distinguir o certo do errado, porque nenhum fato violento em si se justifica.
Um dos momentos marcantes do filme é a amizade que se desenvolve entre os jornalistas, principalmente dois, um norte-americano e outro do Camboja.
Gostaria de me ater um pouco nesta questão. O mundo do jornalista é complexo e um dos sentimentos que às vezes fica distante é o relacionamento entre ambos. Isso decorre em parte, o que não se justifica é claro, do ritmo frenético do trabalho jornalístico.
Ambos precisam manter um relacionamento maduro, amigo, sincero e de correlação. É claro que isso deve ser observado em todas as áreas do profissionalismo humano.
Se preocupar com o colega e viver com ele os momentos é algo transcendente – como mostra o filme. Precisamos urgentemente resgatar este inestimável valor humano. Hoje, a preocupação número um dos profissionais está na busca de divulgar sua matéria a qualquer preço, doa a quem doer. E não é bem assim que as coisas devem ser.
Como já dissemos no princípio, em que pese o jornalista estar atrás de notícias o tempo todo correndo contra o tempo, o fato é que existem certos valores que não podem em hipótese alguma ser transgredido.
Um outro fato marcante do filme e que deve ser resgatado urgentemente é a busca da verdade na informação. O mundo do jornalismo muitas vezes nos aponta alguns caminhos sinuosos. A sedução para “ir pelo mais fácil” bate à porta a todo o instante. Cito aqui o caso das assessorias de imprensa, que tem a “obrigação” de divulgar apenas o que interessa ao seu assessorado. Aqui está o grande perigo. O filme deixou isto bem claro quando enviou ao Camboja jornalistas americanos com o intuito de maquiar a realidade da guerra, ou seja, apenas mostrar o que lhes interessa.
3 comentários:
Interessante a abordagem que você faz.
Só hoje assisti "Os gritos do silêncio" e lembrei de um outro texto num outro blog que também tem
uma reflexão interessante sobre a existência de algumas pessoas e o que
elas representam para a humanidade.
Caso interesse, o blog a que me refiro e o texto estão neste endereço:
http://cidadania-e.blogspot.com/search/label/Humanidade
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