sexta-feira, agosto 10, 2007

O dia do estudante


Por ocasião do dia do estudante neste 11 de agosto fui convidado para falar a um grupo de alunos do Colégio Castelo Branco, escola que estudei de quinta à oitava séries. Procurei falar aos alunos da importância deste momento na vida de cada um de nós. Estudar é fundamental para conseguir uma profissão digna e realizadora e aí não importa se estudamos em escola pública ou particular. Pensar que escola pública é ruim e não prepara para os desafios é uma grande inverdade. Só estudei em escolas públicas e fui aprovado em dois vestibulares em universidades públicas. A escola ser boa ou ruim depende de cada aluno, do seu esforço e dedicação.
Acredito que toda transformação da sociedade, depois da família, passa pela escola.
Que esse dia do estudante seja um momento de reflexão. Um momento onde cada um reflita sobre sua importância no mundo da educação




quinta-feira, abril 05, 2007

Por quê a pressa?

Já vai para 16 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante.
Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra.
Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.
Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui.
E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.
Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam muitos dos nossos salários.
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar para vocês uma breve só para dar noção. A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca.
Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei:
"Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final ."
Ele me respondeu simples assim:
"É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?"
Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira.
Deu para rever bastante os meus conceitos.
Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália (o site , é muito interessante. Veja-o!). O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou.
A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição européia. A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas (35 horas por semana), são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).
Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress".
Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria que você pensasse um pouco sobre isso... Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura?
Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser "?
Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim.. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.
Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon: "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"...
Parabéns por ter lido até o final! Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado.
Pense e reflita, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família. De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas... Poderá ser tarde demais! Saber aprender para sobreviver...

OBS: Não se conhece o autor deste texto. Transcrevi no Blog para nossa reflexão.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Democratização da mídia

É complexo este tema partindo da realidade brasileira. Falar em democratização do setor nos remete à história da mídia no Brasil que está, desde o seu princípio, ligada ao setor público passando pelo período da ditadura até nossos dias onde a liberdade ainda é muito questionada. Esse seria um outro tema de discussão. O que queremos mostrar neste texto é que muito, mas muito pouco se tem visto sobre a democratização da mídia. Na verdade ela está atrelada a pequenos grupos que tem sobre si o domínio do poder público que faze e desfaz à seu bel prazer. No entanto vemos, timidamente ainda, um levante por parte da sociedade, ou seja, as pessoas começam a questionar o que têm à sua disposição diariamente oferecidos pelos meios de comunicação. Um exemplo concreto desse levante é a criação em julho de 1991 do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação) transformado em entidade constituída em 20/8/1995. “O FNDC contava com a adesão de 44 Comitês Regionais e Comissões pró-Comitês, além de 32 entidades nacionais e 364 entidades regionais. A lista pode ser encontrada no texto da ata de fundação do FNDC. A partir de 1997, pela conjuntura nacional e diversas outras razões, o FNDC se desarticulou, voltando apenas a se mobilizar a partir de meados de 2001, quando foi acelerado no Congresso Nacional o processo de desregulamentação da mídia brasileira, com a tramitação da PEC do capital estrangeiro. Atualmente, o Fórum está organizado em nove estados e é integrado por 15 entidades nacionais”. Um outro exemplo que podemos citar é a Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS) que teve a iniciativa em 2003 de organizar uma série de atividades, em várias cidades do país, para ampliar na sociedade brasileira a bandeira e as diversas lutas pela democratização da comunicação. Mais do que antes, muitas pessoas estão empenhadas em mostrar os problemas e desafios que envolvem a comunicação, de maneira geral, no Brasil. Várias ações foram realizadas para analisar os meios e os processos de comunicação no país.

Atos públicos, debates, seminários, exibições públicas de vídeos, entre outras atividades, movimentaram organizações e movimentos sociais que lutam por uma outra comunicação e por um outro modelo de outra sociedade. O mundo também lembra e trata esse tema, tanto que foi criado em 2000 em Toronto (Canadá) o Dia Internacional da Democratização da Mídia: 18 de outubro. Como dissemos no início, a ligação da mídia com o setor público é forte e dependente, em alguns casos. E a mídia é tão sedutora que o próprio governo acaba de lançar uma série de propostas para o setor. O documento “Caderno Setorial: Comunicação e Democracia” é a proposta do governo Lula para a mídia nesse segundo mandato. O documento é uma tentativa de debater o problema da concentração da mídia no Brasil; no entanto, vem recebendo críticas de alguns setores. E não é de duvidar, porque grande maioria dos documentos oriundos do governo não tem credibilidade e são vistos com “maus olhos” porque, historicamente, o governo manipula os veículos de comunicação. As principais propostas do documento são: Apoio às rádios comprovadamente comunitárias, agilizando as concessões para seu funcionamento; Fazer com que o Sistema Brasileiro de TV Digital atenda aos objetivos de democratização da informação; Regulamentar a exigência constitucional de que as emissoras produzam conteúdos culturais, regionais, educativos, com os valores sociais, éticos e da família; Criação de conferências e conselhos para propor e fiscalizar políticas de comunicação; Regulamentação da rádio e TV públicas, garantindo nelas e participação popular; Criar mecanismos que coíbam a concentração de propriedade dos meios de comunicação; Recadastrar as concessões de emissoras e cancelar as irregulares; Institucionalização e ampliação dos programas de inclusão digital do governo. Á primeira vista os pontos principais do documento são excelentes. Mas a discussão em torno da questão deve partir da sociedade organizada e não do governo. Isto porque – voltamos a repetir – governo e mídia são no mínimo “suspeitos”. Para provar isso poderíamos citar alguns exemplos. Talvez a última eleição seja uma delas. Grandes veículos de comunicação abertamente comprometidos com este ou aquele grupo.
Isto não é democracia, pelo contrário é uma brutal ditadura. A pequena mídia também não escapa deste princípio. Veículos de comunicação em pequenos municípios ligados aos órgãos públicos divulgando somente o que interessa a este.
E no meio desta briga toda esta a sociedade, as pessoas que diariamente são bombardeados com informações e desinformações de toda ordem conforme o interesse do grupo detentor do veículo. Um outro claro exemplo da manipulação da mídia por parte do governo são as rádios comunitárias. A implantação e proliferação delas teve início no governo Lula. Existe uma regulamentação para o seu funcionamento, tendo em vista serem emissora com caráter estritamente social e por isso estarem isentas de várias coisas como, por exemplo, impostos. No entanto, na prática a realidade é outra. Caem nas mãos de grupos que a exploram economicamente. Processos e mais processos rolam na justiça sem uma definição e, com isso, essas emissoras deitam e rolam. Deveriam servir para democratizar a mídia brasileira, mas não está, pelo contrário, acabam virando uma concorrência injusta com emissoras comerciais que arcam com grandes porcentagens de impostos para o seu funcionamento. Poderíamos aqui citar outros exemplos para demonstrar que a mídia brasileira está longe do alcance de todos e em busca de uma justiça social. No entanto, nossa reflexão direciona-se para os diversos movimentos que surgem no Brasil alertando a sociedade para esta realidade. Gostaríamos de nos ater um pouco mais sobre o trabalho que vem sendo feito pela ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social). Citamos anteriormente que esta entidade desde 2003 está sendo responsável por vários eventos do setor. Em todos os Encontros do Movimento de Comunicação, o tema tem sido debatido entre estudantes e profissionais da área. A ENECOS tem desempenhado papel fundamental na atuação do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), que tem como uma de suas conquistas a aprovação da lei que destina 6 canais à comunidade - dentre eles, o canal universitário.
A entidade possuiu ainda grupos de estudos e debates que reúnem diversas pessoas entre profissionais e leigos para discutir esta problemática. Entre os grupos existentes destaca-se o da “Democratização da Comunicação” que tem por finalidade debater, refletir e formular sobre a comunicação, sua relação com a sociedade e como implementar a luta pela sua democratização. Milhares de pessoas espalhadas por todo o Brasil integram este grupo. Essas são claras demonstrações de que a sociedade brasileira quer mudança na condução dos meios de comunicação do país. Em que pese um veículo de comunicação ser uma empresa com o objetivo de gerar renda, ele deve servir à comunidade porque é um órgão de interesse público.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Mandato para prefeito de dois anos

Ouvi de um prefeito da região há poucos dias que agora(2007) vai dar inícios aos projetos e investimentos no município porque conseguiu colocar a "casa" em ordem. Minha nossa, só agora pergunto? Dois anos para colocar as coisas em ordem? Ora que absurdo! Então, na verdade, o prefeito é eleito para mandato de 02(dois) anos e não de 04(quatro). O que os prefeitos anteriores fizeram, pergunto novamente! Deixaram as coisas tão ruins assim? É uma verdadeira calamidade pública, precisamos reagir! E se essa mania pega?
É, estamos longe de ver o setor público como um exemplo nesse país. Aliás, muito mas muito longe. Será que vamos tê-lo, um dia, como exemplo? Somente o tempo vai dizer. Pelo que vemos hoje, as coisas vão demorar e muito.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

A baianada dos governantes


É impressionantes como a cada dia vemos os políticos baterem cabeça sem saber para aonde ir. A última é uma proposto do governo do Paraná para criar a Região Metropolitana de Cascavel incluindo todos os municípios da região. A chiadeira foi geral. Os municípios de Toledo e Foz do Iguaçu com seus representantes legais - se bem que essa representação é questionável porque em casos como esse toda a população deve ser consultada - não aceitaram e "gritaram" levando ao engavetamento da proposta. Eta bainada! Porque não se faz um estudo mais aprofundado e detalhado sobre as necessidades de cada região para depois se tomar decisões que vão afetar toda uma população? Parece que os interesses políticos estão sempre acima dos interesses do cidadão e de toda uma comunidade. A pergunta é: como vai se criar uma Região Metropolitana única numa área onde os interesses são tão diversos? Toledo é uma realidade, Cascavel é outra e Foz também, sem contar Guaíra que também tem outras afinidades.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Tendência perigosa

Percebe-se nas empresas uma tendência perigosa: enxugamento da "máquina". Ou seja, empresários com a justificativa de diminuir a folha de pagamento(enxugar, é o termo que alguns usam) não contratam mais ninguém ou, no pior das hipóteses, estão demitindo. Aí o que acontece, sobrecarregam os empregados em suas tarefas. O que dois ou mais fazem, agora é necessário que um faça! Isso é muito perigoso! Percebemos funcionários estressados e, consequentemente, a baixa na qualidade do atendimento e da produção. Exemplo: Emissoras de rádio estão colocando nas mãos de uma pessoa só o trabalho de ser apresentador, produtor, editor e outras coisas mais. É um absurdo! Tudo porque é necessário enxugar a folha! Enxugar pra quê? Pra ganhar mais, só pode, porque outra explicação é difícil de encontrar! Não sou contra, em hipótese alguma, que o empresário tenha lucros maiores, porque afinal de contas e esse um dos objetivos quando se constitui uma empresa. Mas, não pode ser o objetivo único. É necessário pensar que ele é responsável pela parte social e econômica da sociedade.
Precisamos repensar essa tendência urgentemente!

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Duplicação da 277, quando?

A duplicação da BR 277 no trecho entre Medianeira à Cascavel já passou da conta. O trecho é uma loucura para os motoristas tendo em vista o altíssimo número de veículos que por aí trafegam e serem poucos os locais de ultrapassagem. Porquê ainda a concessionária não duplicou o trecho? A falta de recursos não deve ser porque a arrecadação pelo que se vê é excelente e volumosa. Deve ser, acho eu, que o dinheiro é para outros fins que não os investimentos na rodovia.
Enquanto isso vamos pagando caro por isso, em todos os sentidos a começar pelo valor do pedágio. Sem contar o risco constante por trafegar pelo trecho.
E as nossas autoridades? Não cobram? Acho que é só discurso e nada mais! Na verdade nada sai do papel. Vê-se por aí na mídia que é uma das metas das autoridades regionais! Meta que nada, só discurso de parasitas que vivem às custas do pobre contribuinte! Estamos cansados de discursos e blá-blá, queremos ação e a duplicação já está atrasada, para não dizer muito atrasada.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

O filme "Os gritos do silêncio"

O filme “Os gritos do silêncio” relata a vida de um grupo de jornalistas que faz a cobertura da guerra no Camboja. Um desses jornalistas é do Camboja.
Uma trama cheia de sentimentos de ódio, indignação entre outros. Vamos comentar sobre dois aspectos importantes que o filme retrata: o relacionamento entre os jornalistas e a busca da verdade na informação.
A realidade dos jornalistas que cobrem fatos e acontecimentos violentos, como no caso de uma guerra, é complicada e até difícil de se transcrever porque ele está envolto em questões polêmicas como, por exemplo, o que é o certo e o errado. O problema ético é encarado de frente. Apesar de que, em estado de guerra, fica difícil distinguir o certo do errado, porque nenhum fato violento em si se justifica.
Um dos momentos marcantes do filme é a amizade que se desenvolve entre os jornalistas, principalmente dois, um norte-americano e outro do Camboja.
Gostaria de me ater um pouco nesta questão. O mundo do jornalista é complexo e um dos sentimentos que às vezes fica distante é o relacionamento entre ambos. Isso decorre em parte, o que não se justifica é claro, do ritmo frenético do trabalho jornalístico.
Ambos precisam manter um relacionamento maduro, amigo, sincero e de correlação. É claro que isso deve ser observado em todas as áreas do profissionalismo humano.
Se preocupar com o colega e viver com ele os momentos é algo transcendente – como mostra o filme. Precisamos urgentemente resgatar este inestimável valor humano. Hoje, a preocupação número um dos profissionais está na busca de divulgar sua matéria a qualquer preço, doa a quem doer. E não é bem assim que as coisas devem ser.
Como já dissemos no princípio, em que pese o jornalista estar atrás de notícias o tempo todo correndo contra o tempo, o fato é que existem certos valores que não podem em hipótese alguma ser transgredido.
Um outro fato marcante do filme e que deve ser resgatado urgentemente é a busca da verdade na informação. O mundo do jornalismo muitas vezes nos aponta alguns caminhos sinuosos. A sedução para “ir pelo mais fácil” bate à porta a todo o instante. Cito aqui o caso das assessorias de imprensa, que tem a “obrigação” de divulgar apenas o que interessa ao seu assessorado. Aqui está o grande perigo. O filme deixou isto bem claro quando enviou ao Camboja jornalistas americanos com o intuito de maquiar a realidade da guerra, ou seja, apenas mostrar o que lhes interessa.